Quando eu era estudante e estudava Literatura Brasileira, que eu ouvia falar em Castro Alves, Alvarez de Azevedo, Machado de Assis, eu me perguntava quem era o tal Varela que em breves páginas figurava no livro... Falavam do Cântido do Calvário e logo depois ele voltava a dormir no esquecimento. Então, talvez, da curiosidade nasceu a admiração e o amor.
Lembro-me de chamá-lo de mestre algumas vezes. Pensava nas suas bebedeiras, nas suas desilusões, na sua solidão e sua bondade.
Nunca gravei um poema seu mas sempre lembro daqueles versos... "Não te esqueças de mim que te amo tanto"
eu queria deixar aqui gravado o quanto o admiro mestre Fagundes Varela.
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FAGUNDES VARELA-
Filho do magistrado Emiliano Fagundes Varella e de Emília de Andrade, ambos de ricas famílias cariocas.
Poeta romântico e boêmio inveterado, Fagundes Varella foi um dos maiores expoentes da poesia brasileira, em seu tempo. Tendo ingressado no curso de Direito (e frequentado as faculdades de São Paulo e Recife), abandonou o curso no quarto ano. Foi a transição entre a segunda e a terceira geração romântica.
Diria, reafirmando sua vocação exclusiva para a arte, no poema "Mimosa", na boca duma personagem: "Não sirvo para doutor"...
Casando-se muito novo (aos vinte e um anos) com Alice Guilhermina Luande, filha de dono de um circo, teve um filho que veio a morrer aos três meses. Este fato inspirou-lhe o poema "Cântico do Calvário", expressão máxima de seus versos, tão jovem ainda. Sobre estes versos, analisou Manuel Bandeira:
"...uma das mais belas e sentidas nênias da poesia em língua portuguesa. Nela, pela força do sentimento sincero, o Poeta atingiu aos vinte anos uma altura que, não igualada depois, permaneceu como um cimo isolado em toda a sua poesia."
Casou-se novamente com uma prima - Maria Belisária de Brito Lambert, sendo novamente pai de duas meninas e um menino, também falecido prematuramente.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Fagundes_Varela)
"Em 1870 vai para Niterói na companhia de seu pai, estabelecendo-se ocasionalmente na casa de familiares e ainda freqüentando a vida noturna carioca. Em 17 de fevereiro de 1875, morre aos 34 anos de apoplexia, já em estado de completo desequilíbrio mental. " (http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/autores/fagundes.htm)
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